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Publicado em 06/12/2021
Felipe Costa e Marcello Ramos Calderon
Set da vida: a pandemia sob o olhar de Dani Suco
Atleta do E.C Pinheiros revela quais as maiores dificuldades e mudanças em sua rotina durante o período pandêmico.
A pandemia interrompeu grande parte das competições esportivas mundo afora. Atletas que costumavam ter a rotina repleta de atividades se viram numa situação sem precedentes. O medo do desconhecido e as incertezas relacionadas à COVID-19 foram as maiores dificuldades para Dani Suco, atleta de voleibol do E.C. Pinheiros, durante a pausa dos jogos, em decorrência do surto pandêmico.
Dani tem uma carreira vitoriosa, campeã sul-americana e mundial, é dona de uma bagagem invejável, contudo, sem dúvidas, a pandemia trouxe muitas experiências que a atleta ainda não havia vivenciado. Os treinos no clube e as viagens para os jogos deram lugar a exercícios, alongamentos e a práticas como o Pilates, por exemplo, sendo realizados de casa, além de muita terapia e ajuda profissional, como tentativa de manter corpo e mente saudáveis.
No período de isolamento social, Dani encontrou algumas válvulas de escape. Passou a ler mais e aproveitou para se aprofundar melhor em pautas importantes e de seu interesse, como, por exemplo, o feminismo negro. A atleta faz questão de reforçar mensagens de empoderamento racial e feminino em suas redes sociais, onde esbanja carisma e autenticidade nos conteúdos criados e compartilhados com fãs e amigos.
O voleibol esteve listado entre os primeiros esportes que retornaram às atividades durante a pandemia. Com inúmeros protocolos de prevenção e a ausência de torcedores nos ginásios, o cenário ainda era infinitamente distante do “antigo normal”. Dani Suco revela que mesmo com os testes quinzenais e todas as medidas de segurança tomadas pela federação e pelo clube, se sentiu insegura com o retorno das atividades e dos jogos no início: “Tínhamos um protocolo de teste de COVID de 15 em 15 dias, que não foram suficientes, pois tivemos vários casos de surto nos times. Mesmo sem trocar de lado nos sets, a higienização das bolas e da quadra, não evitaram a exposição ao vírus.”, afirma a atleta.
A ausência de torcidas nos ginásios como medida de segurança também é um fator que marca esse período tão caótico para todos nós. Segundo a atleta, “a torcida é um combustível”, do qual afirma ter sentido muita falta.
Mesmo atletas de alto nível, acostumados a lidar com pressão e cobranças constantes, passaram por dificuldades neste momento complicado, o que reforça a necessidade do autocuidado, fator essencial para que Dani Suco continuasse voando dentro e fora de quadra.
Tivemos a oportunidade de acompanhar e saber um pouco mais de como foi para a jogadora a Dani Suco se ajustar aos tempos de pandemia com jogos sem torcida, medo de contrair o vírus podendo infectar pessoas em sua volta, exercícios físicos em casa, leitura e ajuda profissional. A vida dos atletas nesses últimos tempos não foi fácil, e, para manter o bom rendimento, estes se viram obrigados a se adaptarem.
